quinta-feira, 23 de julho de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Illustrator X CorelDraw - O retorno

Há um tempo eu escrevi um post sobre a disputa entre os dois mais famosos programas vetoriais do mercado: Corel Draw e o Adobe Illustrator. Minha intenção era fazer dois posts, um falando sobre a disputa e outro pra explicar realmente o que gerou essa briga entre os usuários dos dois programas. Demorei muito em escrever o segundo post mas agora vai.

A maioria das pessoas que defende essa disputa, hora puxando a sardinha pra Adobe hora pra Corel, realmente não sabe por que faz isso. O tema já virou um slogan totêmico (um clichê), repetido e repetido como verdade, mas sem muita base. Pouca gente sabe que origem real dessa disputa começou em outro nível, no nível dos sistemas operacionais.

O Corel Draw é o programa vetorial da plataforma Windows. A programação do soft é feita para rodar somente no Windows; uma versão do Corel Draw até foi feita para a plataforma Mac mas não teve muito sucesso e o projeto foi encerrado. Já o Illustrator passeia livremente pelos dois sistemas operacionais sem grandes problemas, apesar de que muita gente concorda que ele se dá melhor no sistema da Apple. Foi a partir daí que a disputa ente os dois softs começou.

Desde o princípio, Apple e Windows mostraram claramente o nicho comercial de cada um. A diferença das interfaces dos dois sistemas sempre foi o maior referencial dessas escolhas mercadológicas. No livro “Cultura da Interface”, Steven Johnson descreve como foram as primeiras análises sobre a metáfora do desktop do Mac e do Lisa – os dois modelos da Apple que vieram com a interface de janelas e o com o mouse. “Algumas das análises da interface gráfica batiam na ridícula tecla do homem-que-é-homem-não-faz-janelinha, que reverberou pelo mundo empresarial norte-americano na década de 1980, como neste blábláblá tomado da revista Creative Computing: 'ícones e um mouse não vão fazer ninguém deixar de ser analfabeto. Apontar para figuras não leva muito longe. Mais cedo ou mais tarde você tem que parar de apontar e selecionar, e começar a pensar e a digitar'”.

Pra nós essa análise parece uma coisa ridícula, como assim o mouse não é útil? Como assim janelas não são boas? Mas pra época essas questões eram bem relevantes. Johnson continua, “Outras análises erravam o alvo por completo, descartando o Mac como uma ferramenta que só teria utilidade para artistas e programadores visuais, como se a principal inovação da máquina fosse a lata de spray do MacPaint e não a própria interface.” Outro trecho de uma publicação da época falando sobre o Mac, mas precisamente sobre o MacPaint e MacWrite, “ambos são controlados pelo 'mouse' da máquina, que move o cursor sem que o usuário toque no teclado. Tamanha simplicidade não é o que almejam as grandes empresas. O executivo médio tem pouca necessidade dessa habilidade gráfica do MacPaint. A maioria deles já tem que penar o suficiente para escrever relatórios, sem ter de se preocupar também com a apresentação gráfica deles.” Essas diferenças entre os sistemas operacionais criaram dois tipos de usuários bem diferentes conforme classificou Johnson “Os PCs, com seus códigos misteriosos e seus medonhos monitores verde-sobre-preto, pertenciam aos ternos, ao Homem da Empresa. A bem-humorada interface do Mac falava para uma gente diferente: tipos mais joviais, criativos, novos pensadores e iconoclastas. Comprar um Mac era uma expressão de identidade visual, como para Steven Jobs usar camiseta em reuniões do conselho diretor. O computador que você usava revelava sua personalidade.”

Esses estereótipos se tornaram tão fortes que começaram a contaminar outros níveis, como no caso dos programas vetoriais. As pessoas começaram a confundir as coisas. Como não há uma versão de Corel Draw para Mac, o argumento de que o usuário do Mac é mais criativo acabou também determinando que o usuário do Corel Draw é menos criativo, pois usa o Windowns. Hoje em dia, esse tipo de argumento não se sustenta mais, o que determina a criatividade de um profissional é o seu repertório e habilidade. Por isso, estude sempre e, se sobrar um tempinho, estude um pouco mais.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Seguindo

Sou usuário do Twitter há um mês. Já tinha vontade de experimentar esse serviço de microblog há bastante tempo, mas, por um motivo ou outro, eu nunca me lembrava de criar uma conta, tanto é verdade que quem criou o meu perfil foi minha namorada. A primeira vista achei o serviço complicado, mas era porque eu estava tentando interagir da mesma forma que eu interagia com outras redes sociais.

O slogan do twitter é “What are you doing?”, a lógica dele é ser atualizado a todo o momento, se possível, ou então ser lido a todo o momento para saber o que os outros estão fazendo. O espaço é limitado pra escrever os recados, podendo ser feitas atualizações de no máximo 140 caracteres. É possível ficar só lendo sem atualizar nada, só “espiando” os outros sem problema. É possível também bloquear as suas atualizações pra que só algumas pessoas tenham acesso (mas aí eu pergunto: pra quê uma pessoa cria um Twitter e bloqueia? Não quer brincar? Então, não desce pro play). Ele é um serviço totalmente diferente do Orkut ou Facebook. É bem interessante e pra mim se mostrou uma fonte bem farta de referências. Alguns perfis que eu sigo passam o dia dando dicas de sites interessantes de design e comunicação.

Como eu entrei relativamente tarde no Twitter, agora, no auge da moda, eu testemunhei algumas discussões bem interessantes. Uma delas é o medo que os primeiros usuários tem de haver uma orkutização do Twitter, mas o que é essa orkutização? Segundo alguns usuários, o Orkut era uma rede social muito boa, mas começou a ficar muito popular e se estragou. Muita gente falando besteira, muita gente enchendo o Orkut de perfis fakes, propaganda e correntes, vírus, etc. Isso tudo, segundo os críticos, só chegou no Orkut quando ele se popularizou. O medo deles é que aconteça o mesmo com o Twitter. Mas eles não perceberam que a orkutização do Twitter já começou e nem foi por causa da popularização do serviço e sim pelos próprios usuários.

O Orkut continua o mesmo desde o início, na verdade, ele só melhorou, tecnicamente falando. O servidor não cai a toda hora, existem vários recursos muito bons de interação de usuário para usuário e de usuário para programa. O problema foi que muita gente começou a usar os recursos do Orkut de forma totalmente errada, assim como alguns usuários estão fazendo no Twitter, pelo que percebi. Segredos e declarações de amores não são para serem ditas em depoimentos do Orkut. O fato de você escrever no final do depoimento “não aceita” não é garantia de que o recebedor vai fazer isso. Segredo e declarações de amor tem que ser ditas ao pé do ouvido ou no máximo por e-mail. A minha página de recados do Orkut não foi feita para receber spam de festas, assim como o meu mural do Twitter não foi feito para eu ficar sabendo se a pessoa está com “uma vontade monstro de comer bolo de cenoura!!!”. Coisas relevantes é que precisam ser ditas.

O Twitter não é para bater papo, para isso existe o MSN, Gtalk, telefone, etc. Se você quer comentar com a sua super melhor amiga sobre a festa que vocês foram na noite anterior usem o MSN, ninguém além de vocês duas está interessado nesse assunto. Se possível, coloque um link na sua atualização, 140 caracteres geralmente não são suficientes para explicar o que você está tentando dizer. Essas e outras falhas de usuários é que vão acabar estragando o Twitter e não o fato de ele se popularizar, afinal de contas, quanto mais gente acrescentando conteúdo ao Twitter mais completo ele vai ficar.

A minha experiência até agora no twitter foi bem interessante, gostei bastante, mas espero que eu não me sinta como Steven Johnson no livro “Cultura da Interface”. No capítulo “Desktop” ele relata a experiência de navegar por um novo serviço chamado “The Palace” em 1995. O serviço é um bate papo inovador para a época. Na época só existiam bate-papos estilos IRC com o sistema de linha de texto. The Palace criava uma nova forma de interagir, cada usuário conectado à internet era representado por uma esfera amarela, era possível perambular pelos mais variados ambientes, desde salas de banquetes a escadarias de palácios medievais (podemos dizer que seria a idéia embrionária do Second Life). Segundo o autor “Á primeira vista, a cena sugere um baile a fantasia numa academia de tênis, pelo menos até você notar que as esferas estão falando umas com as outras, em balões de texto ao estilo história em quadrinho que pipocam de repente ao lado delas a intervalos regulares. A cada minuto, aproximadamente, uma das esferas se retira para outra sala, e cada minuto, aproximadamente, aparece uma nova para participar da conversa.” ele mostra a empolgação na nova experiência, mas depois de um tempo usando ele conclui “No entanto, a promessa se desmancha rapidamente. Na maior parte de minhas visitas a The Palace, senti-me feliz, evocando Baudelaire e o Washington Square Park, até começar a prestar atenção ao que estava sendo dito. Apesar da ênfase que o The Palace confere às possibilidades sociais do design de interface, as conversas que se desenrolam entre aquelas paredes apaineladas deixam muito a desejar.”

Espero que o Twiiter não seja mais um “The Palace”, gostei muito da nova proposta que ele traz, só espero que os usuários sejam mais atentos e não caiam nos mesmo erros que estragaram tantas outras redes sociais.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Não tô escondido, não!

Navegando por blogs esses dias achei em vários lugares posts muito parecidos. Todos falando sobre logos com mensagens escondidas, olha aqui, aqui e aqui alguns exemplos. Só que, analisando bem os logos, a gente vê que de escondido não há nada, tudo está bastante destacado. Então, como eu posso concordar que há coisas escondidas nesses logos? O que esses logos trazem na verdade é competência e estudo.

No livro “Design para quem não é designer”, Robin Williams aponta alguns princípios do design: proximidade, alinhamento, repetição, contraste. Cada um deles, quando usados corretamente, auxilia o designer a alcançar um grande efeito. No caso dos logos “com coisas escondidas” o que realmente existe é o uso muito bem feito do contraste. No livro, Williams fala do contraste como forma de criar uma página, mas os designers dos logos conseguiram usar o mesmo princípio em seus trabalhos.

Segundo a autora, “o contraste é uma das maneiras mais eficazes de acrescentar algum atrativo visual a uma página (algo que realmente faça que o leitor queira olhar pra ela), criando uma hierarquia organizacional entre diferentes elementos. A regra importante que deve ser lembrada é a de que para o contraste ser realmente eficaz, ele deve ser forte. Não seja tímido”. O contraste no caso dos logos é de cores, o jogo de positivo e negativo, no qual a ausência de cores é que o que dá forma, realmente, à mensagem principal do logo. Por isso mesmo não podemos dizer que essas mensagens estão escondidas. Na verdade, elas estão em destaque, porque, depois que vemos, não conseguimos mais parar de olhar.



quarta-feira, 18 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Meu novo Site/portfolio

Novo site com o meu portfolio.



Com direito a identidade visual. Cartão de visita.

http://robson_arthur.vilabol.uol.com.br/Index.HTML