segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O simulacro do Mac

Quem já teve a experiência de trabalhar com um Mac sabe como é interessante o conceito de interface que o OSX disponibiliza para o usuário. Além de ser um sistema operacional bastante estável, a sua interface é muito simples (simples no sentindo de fácil, não no sentindo de simplória, muito pelo contrário), os "bugs", comuns no windows, são quase inexistentes. A metáfora das janelas, como no windows, é usada na interface, mas de uma maneira melhorada. Os comandos são mais simples, eles são feitos para o usuário comum e não para programadores. O design da interface é atraente, o usuário se sente a vontade para utilizar o computador, nem a ausência do contra-botão no mouse atrapalha quem migra de um sistema para o outro. Deixa eu parar de babar o ovo do steve jobs e falar do motivo real do post. Pra quem sonha, como eu, em ter um Mac, mas não possui recursos para comprar (rsrsrs) aki vai uma dica de um programa bem interessante, é o WinOSX Transformation Pack 2.02. Esse programa é um "Skin" para o Windows XP, ele transforma seu windows. O design do computador fica igual a um mac. Ele muda completamente a interface do seu computador desde as fonts até os sons de alerta, tudo fica igual ao mac. Inclusive é possível configurar a barra de atalhos flutuante que é característica marcante do OS. Pra quem não conhece, essa barra de atalho fica na parte de baixo da área de trabalho e é muito útil, possibilita, para o usuário, até mesmo, deixar de usar os ícones da forma tradicional, mas se você preferir pode usar as duas maneiras sem problemas, o programa suporta essa opção.

O programa é seguro e fácil de usar, mas com o windows é sempre bom ficar com o pé atrás, por isso, quem for experimentar eu recomendo criar um ponto de recuperação no seu windows, parece uma coisa complicada, mas não é não, é bem simples, no link onde é possível baixar programa eles ensinam passo a passo a fazer esse ponto de recuperação.

Abraços

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Trilha

Pra mim, trabalhar com criação exige música. Ficar sentado em frente ao computador o dia todo criando exige muito da massa encefálica, por isso acho que a música deve ser usada como terapia. A escolha da trilha do dia é fundamental. Pra cada hora do dia eu uso uma trilha diferente. No início da manhã o bom é escutar um bom rock 'n' roll - nacional ou internacional - a gente fica mais esperto. No final do dia eu costumo escutar um smooth jazz, que é pra chegar em casa mais calmo. Quando as idéias estão longe do hemisfério direito eu recorro a uns mp3 específicos, o último elixir de criatividade que eu descobri foi o Jazz & '90s. A proposta do cd são releituras de clássicos pop's da última década do século XX em Smooth Jazz. Músicas como Creep - Radiohead, Space Cowboy - Jamiroquai, Don't Speak - No Doubt, entre outras são muito bem interpretadas por novos jazzistas. O cd faz parte de uma coleção que transforma clássicos dos mais variados estilos em jazz e bossa nova, os outros cd's são "Jazz and '80s"; "Bossa N Roses" - só com músicas do Guns 'n' Roses; "Bossa N' Marley" - só com Bob; e Bossa n' Stones - Só com os dinossauros . Eu recomendo, sem contra-indicação.
http://rapidshare.com/files/139045178/VA_-_Jazz_And__90s.rar.html

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Eleições 2008

Hoje, o meu descanso pós-almoço foi brutalmente interrompido por uma mensagem na TV. O Horário Eleitoral Gratuito (gratuito para os políticos que não pagam nada por ele, mas bem caro pra gente que tem que agüentá-los rsrss). Enquanto eu assistia aos tragicômicos candidatos a vereadores, me veio à cabeça uma frase que eu sempre odiei: "Cada povo tem o governo que merece". Pra mim essa frase sempre foi usada por aquele tipo de pessoa que simplesmente não entende de política, ou que acha o problema da cidade (ou estado, ou nação, ou planeta) não é de responsabilidade sua. Como Pilatos, ele lava as mãos pelo simples fato de não ter votado no candidato que se encontra no poder.

Como disse antes, eu odeio essa frase, ela me dá medo, porque, pra mim, quanto mais ela se repete, menor é a chance do problema ser resolvido. E, a primeira vista, a eleição municipal de 2008 parece confirmar essa odiosa frase. Que candidatos são esses? E eu não estou só falando dos candidatos a vereadores; meu foco principal são os candidatos a prefeito. Primeiro nós temos o pseudo-político concorrendo à reeleição, o candidato do PTB, Duciomar Costa. Dudu foi taxista e respondeu a vários processos, um deles envolvendo um diploma falso de médico. Em 2004 Duciomar foi eleito prefeito de Belém por pura sorte. Ele foi o "cara no lugar certo na hora certa". O então prefeito da cidade, Edmílson Rodrigues, era tão rejeitado pela população de Belém que qualquer um que concorresse contra a chapa do PT venceria. E quem era esse qualquer que estava ali? Ele mesmo: Dudu!

Estive morando fora dois anos e sempre que eu voltava pra Belém a passeio ela continuava a mesma, nada mudava, mas incrivelmente no último ano apareceram obras e mais obras, estrategicamente programadas para serem concluídas próximas às eleições. Não culpo o Duciomar de usar essa artimanha para conseguir votos, faz parte do jogo deles. O problema é que se muita gente "comprar" essas obras, vão ser mais quatro anos até asfaltarem uma rua novamente. Pelo menos uma coisa o Dudu fez de bom - na minha opinião - que foi tirar os camelôs da Presidente Vargas - a C&A ficou ainda mais feliz do que eu. No entanto, assim como o asfalto da rua, essa retirada dos camelôs só escondeu o problema, afinal de contas, quem passa pela Rua Santo Antônio (ou paralelas) sabe o quanto o caso dos camelôs ainda precisa ser revisto.

Outra candidata à prefeitura é a também pseudo-política Valéria Pires Franco, do DEM. Valéria é ex-apresentadora de TV, esposa do Deputado Federal e ex-apresentador de TV Vic Pires Franco, e ex-vice governadora do Estado (eu deixei por último o ex-vice governadora porque foi a coisa de menor expressão que ela é/fez). Assim como Duciomar, Valéria também estava no lugar certo na hora certa. Quando foi formada a coligação do PSDB para concorrer às eleições de 2002, ainda estava fresco na cabeça dos estrategistas políticos a retórica da mulher como candidata, e Valéria foi a escolha mais apropriada - não fala muito e não dá trabalho. Durante o seu mandato Valéria se escondeu atrás do clichê da bandeira social (clichê esse que nem é de um vice e sim de uma primeira dama que não quer parecer um apêndice para o país), assumiu a Secretaria de Proteção Social e de lá não saiu até perder a reeleição em 2006. Assim como Dudu, não fez nada e, com certeza, não vai fazer muito. Mas, se eleita, pelo menos ela vai ter a desculpa de que Governo Federal não deu o apoio devido ao seu governo, por ser oposição. Coitadinha dela.

Nosso terceiro candidato é José Priante do PMDB. Priante faz parte de uma herança política maldita, ele é primo (e afilhado político) do ex-Senador "quase caçado" Jader Barbalho. Pelo histórico familiar, já sabemos o que esperar desse candidato se eleito for. Talvez ele faça como o primo Helder, em Ananindeua: um governo populista, mas não esperem mais do que isso. Priante pode deixar a Almirante Barroso sempre em obras pra "mostrar serviço" - assim como Helder faz com a BR-316 em Ananindeua - e esquecer-se do resto da cidade. E daqui a quatros anos, quando for candidato a reeleição e for cobrado por não ter feito nada, ele pode usar a desculpa nata: "desculpa, gente, eu sou um Barbalho".

Mário Cardoso, do PT, é o nosso quarto candidato. Mário e somente Mário como é vendido nas ruas de Belém é ex-deputado. Com um nome tão pomposo como "Mário Cardoso" porque será que o seu Marqueteiro tenha proposto usar apenas "Mário" na campanha? Talvez "Mário Cardoso" esteja desgastado, talvez "Mário" represente um discurso jovem, de renovação. No começo do ano de 2008, "Mário Cardoso" foi demitido da SEDUC, segundo contam, por incompetência. Mas o "Mário" é um cara novo, ele não foi incompetente, só o Mário Cardoso. Mal sabe ele que aqui em Belém, pior do que ser chamado de incompetente é ser rotulado de petista. Esse não ganha nem querendo.

Falando em querer ser alguma coisa, apresento nosso quinto candidato, Arnaldo Jordy, do PPS. Jordy está sempre querendo ser, ele é o que chamamos de "eterno candidato", assim como foi Lula durante muito tempo. Sempre depois da apuração dos votos, Jordy aparece nas conversas pós lei seca. "Ah cara, pra mim o melhor candidato era o Jordy", "Como é mesmo o nome daquele candidato?", " O Jody?" "É, esse mesmo, ele é um candidato muito bom". Candidato talvez, mas pra prefeito acho que ainda falta muito. Se ele chegar a ser prefeito, talvez, ele se perca e, assim como os três primeiros, não faça nada. Mas no fim, ele acaba sendo o melhor CANDIDATO.

Se Jordy é o eterno candidato, a nossa sexta proposta é a eterna oposição. Marinor Brito, do PSOL, foi três vezes vereadora em Belém. Junto com seu amigo Babá, ela faz oposição, e sempre oposição. Se Jordy não saberia o que fazer se fosse Prefeito, Marinor não saberia o que fazer nem se fosse candidata.

"Cada povo tem o Governo que merece". Com esses candidatos, fica fácil confirmar essa frase. Basta esperar os meses de campanha e a apuração dos votos e pronto! Qualquer que seja o resultado, você poderá dizer em uma mesa de bar, "eu não disse que cada povo merece o governo que tem?". Mas um fio de esperança ainda existe. Ontem, dia 19 de agosto, saiu a primeira pesquisa Ibope encomendada pela TV Liberal e o resultado foi: Duciomar 24%, Valéria 21%, Priante 14%, Mário 8%, Jordy 5% e Marinor com 1%. Já 15% dos entrevistados não sabem ou preferiram não responder sobre sua intenção de voto e 11% disseram que votariam em branco ou nulo se as eleições fossem hoje. Pasmem: a soma dos votos brancos e "não sabem" é maior do que o primeiro candidato, isso prova que o povo não quer mais o mesmo, o povo quer mudança. E prova também que nem todo povo merece o governo que tem, há quem mereça ser respeitado. Há quem mereça ser levado a sério.