segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Meu novo Site/portfolio

Novo site com o meu portfolio.



Com direito a identidade visual. Cartão de visita.

http://robson_arthur.vilabol.uol.com.br/Index.HTML

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Kazera - O chupa-chupa

Mais um projeto da Kazera T-shirt. Ilustra Sâmille


Software: Illustrator

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Illustrator X CorelDraw

Dia desses, li um texto sobre a diferença entre Adobe Illustrator e Corel Draw. Aqui na agência, hora ou outra surge uma discussão sobre o assunto e os meus alunos sempre me perguntam qual é o melhor. Discussão antiga e mais do que debatida. A primeira resposta que sempre vem a boca é um sonoro ILLUSTRATOR!!! Mas será que isso é verdade? Por que ele é melhor? De onde vem essa "verdade"?

Na época da minha pós
, tive uma professora que chegou ao ponto de dizer em sala de aula que "quem usa CorelDraw é amador", como se o simples fato de eu ter instalado no meu computador a suíte da adobe me fizesse um novo Alexandre Wollner ou Washington Olivetto. A partir daí fiquei pensando: se uma professora - que é formadora de opinião - pensa assim, imagine um jovem publicitário ou designer que acredita em tudo que lê?

Será que quem reproduz esse discurso realmente acredita nisso? Será que eles acreditam que o domínio de um programa vai me determinar um melhor ou pior profissional? Quando eles chegam à livraria correm direto para a estante de informática, sentem o peso da bíblia do Illustrator CS3, olham para o resto das pessoas com um desprezo, enquanto o Andy Warhol fica tossindo, com a poeira, no outro lado da loja.

Com certeza existem muitas diferenças entre os dois programas, mas é difícil dizer qual é o melhor. Já ouvi várias "justificativas" sobre isso.

1 - O CorelDraw demora muito na hora de "Ripar"

"Ripar" é um neologismo da área gráfica que vem da sigla RIP q
ue significa RASTER IMAGE PROCESSOR. Isso é a rasterização do trabalho, ou seja, é o responsável por transformar o texto e imagem de um documento digital numa linguagem entendível pelo equipamento de saída, seja ele uma impressora, uma filmadora, uma plotter, um CtP, etc. Realmente o Draw tem alguma dificuldade em ripar, demora um pouco, dá "uns paus", mas isso tudo acaba quando, simplesmente, se fecha o arquivo em PDF, nessa hora tanto faz se o seu arquivo foi feito em Corel ou em Illustrator, pois a impressora vai ler a linguagem do PDF não do soft de origem.

2 - O efeito de sombra do Illustrator é muito melhor.

Realmente, o efeito de sombra é melhor no illustrator do que no CorelDraw devido à herança do photoshop. Mas nenhum é melhor que o do próprio photoshop. Manipulação de imagens se faz no software de Edição de imagens, como o photoshop ou o Gimp. Fazer isso no software de vetorização é arriscar por preguiça. Manipule suas imagens no seu soft de preferência e use no soft de vetor. Se for usar "sombra" em vetor, seja no illustrator ou corel, faça com moderação, procure um meio termo.

3 - O CorelDraw dá muito "pau"
.

Os maiores problemas do CorelDraw são de usuários. Já ouvi reclamações como, "ah, fiz um livro no corel e perdi todo ele, deu um 'pau' muito foda". CorelDraw é um programa de vetorização. Diagramação de livro, revista, cartilha, etc, se faz no CorelVentura, Adobe Indesign, Scribus, Page Maker etc. "ah, mas o coreldraw me dá a opção de ter vária
s páginas" respondem alguns. Sim, mas mesmo assim ele continua sendo um programa de vetorização, não de diagramação. As várias páginas que o corel oferece é uma metáfora com a mesa de um desenhista, não de um diagramador. O desenhista clássico, que não usava computador, quando começava um projeto, reunia todo seu material, lápis, pincéis, tintas, borracha, etc., além é claro de várias folhas em branco. Se ele errasse alguma coisa, simplesmente jogava essa folha fora e pegava outra limpinha, ou se ele achasse que uma idéia estava boa, mas não com aquelas cores, ele guardava a folha e pegava outra limpinha. No final do dia, o Projeto teria várias páginas, desde simples rabiscos, passando por esboços, até a arte final. É essa a metáfora do coreldraw: fazer várias páginas no mesmo documento/projeto; várias páginas diferentes, mas ligadas entre si. Usar essa opção para diagramar resulta em dor de cabeça. Ah, pra quem usa illustrator mas é fã das múltiplas páginas do corel pode comemorar, a versão CS4 do Illustrator já vem com essa opção.


Há também quem não troque o CorelDraw por nada. Eles também
têm as suas justificativas.

1 - A ausência da opção de múltiplas páginas no illustrator
.

2 - O efeito de Power Clip do corel é infinitamente
superior ao Clipping Mask do Illustrator.

3 - O CorelDraw é muito mais popular que o Illustrator.
A probabilidade de dar algum conflito com a Gráfica (ou birô, ou gráfica rápida, etc.) é muito menor.

Aqui ocorre o mesmo erro dos fãs do Illustrator. Aprenda a fechar seu arquivo, qualquer equipamento reconhece a linguagem PDF, sem problema nenhum.

4 - O corel é mais fácil de trabalhar, ele é mais intuitivo que o illustrator.

A interface do illustrator é muito fácil, não vejo qual é a dificuldade de se trabalhar com ele, os atalhos são muito mais simples, depois que se entende a lógica do programa ele fica muito simples.


Pra mim, fica claro que não é o programa que se usa que vai determinar o profissional.
O que importa mesmo é estudar, estudar mais um pouco e se sobrar um tempinho estudar mais ainda. Pra quem passa o dia procurando tutoriais na rede e acha que com isso vai estar se especializando, eu aconselho pesquisar outras coisas, na própria net, história do design, referências de publicidade, história da arte, etc.

Eu até fiz uma experiência: criei o mesmo logo em três programas diferentes, CorelDraw, illustrator e Inkscape. Os três mostraram a mesma versatilidade e mesmo resultado. Tente fazer também, é bem interessante.



PS.: as diferenças entre os três logos são de propósito, é pra ninguém dizer que eu fiz tudo no illustrattor e fui copiando/colando


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Soluções Luso-Kassabianas



Há uns 10 anos aqui em Belém, o prefeito da época criou um dos poucos projetos eficientes para o trânsito da cidade. Ele implantou os micro ônibus com ar-condicionado. Com um calor de 35º à sombra e um trânsito digno de Bangladesh um ônibus menor e mais refrescante era uma ótima solução. Tudo ia bem, muitas pessoas felizes em andar pela cidade com uma agradável temperatura de 20º e vidros com película. O problema é que os ladrões também gostavam de andar de "fresquinho" e gostavam ainda mais de exercer suas profissões com os passageiros do coletivo. Isso gerou muita reclamação, muitos Boletins de Ocorrências e algumas mortes. Em uma sociedade séria e inteligente a solução para esse problema social seria: o aumento dos policiais nas ruas e/ou trabalhos sociais para diminuir a violência. Mas, como aqui é Brasil, a solução mais inteligentes que encontraram foi outra, simplesmente acabaram com o serviço.

Em 2007, quando eu morava na cosmopolita São Paulo, o então prefeito - que não recebeu nenhum voto diga-se de passagem - Kassab (hoje reeleito) criou um projeto digno da inteligência brasileira, A lei Cidade Limpa. O mercado de publicidade externa na cidade estava totalmente descontrolado, os outdoors, frontligths e empenas não tinham mais função, as peças ficavam umas por cima das outras, tudo era ruído, as propagandas eram uma mancha. Havia um código de postura que era ignorado, surgiam todo dia novas placas de publicidade pra aumentar ainda mais o caos visual da cidade cinza. Em uma sociedade séria e inteligente a solução para esse problema seria: uma maior fiscalização das autoridades competentes, uma postura séria e ética das empresas, o cumprimento do código de postura. Mas, como aqui é Brasil, a solução mais inteligentes que encontraram foi outra, simplesmente o Kassab acabou com a categoria, não se pode mais fazer publicidade externa na cidade. As empresas da área que geravam emprego para a cidade e faziam o dinheiro circular na economia fecharam. O problema social do desemprego aumentou. Isso porque os hemisférios das autoridades são carentes de Fósforo (talvez seja a falta de um peixe de qualidade na terra da garoa).

Agora mais uma vez as autoridades colocam em prática as soluções Luso-Kassabianas. Foi aprovado no congresso no dia de ontem (25.11.08) a proposta de lei que cria uma cota para a venda de meia-entradas no cinema e outros entretenimentos. Pela proposta aprovada, será fixada a cota de 40% para a venda de meia-entrada em todo país. Isso porque, atualmente, cerca de 80% dos ingressos são vendidos como meia-entrada no país. O problema maior não é o direito de pagar meia-entrada, todos sabem que o problema é que muitas e muitas dessas meias-entradas são fraudulentas ou emitidas de forma duvidosa. Em uma sociedade séria e inteligente, a solução para esse problema seria: aumentar a fiscalização dos órgãos que emitem as carteiras, trabalhar o sentido de ética e respeito na população (através dos próprios filmes, se possível) para que se deixe de usar o "jeitinho brasileiro" de querer se dar bem em tudo. Mas, como aqui é Brasil, a solução mais inteligentes que encontraram foi criar um sistema de cota de meia-entrada, assim como é mais fácil criar cota para estudantes do ensino público do que melhorar o ensino. Soluções inteligentes como essa só tendem a aumentar o mercado de pirataria e de downloads ilegais, ou seja, o tiro pode sair pela culatra, a evasão do cinema pode ser maior do que já está sendo.

O pior de tudo é que esses são apenas três singelos casos de soluções Luso-Kassabiana. Todo dia acompanhamos casos parecidos e até piores. essa semana mesmo acompanhamos o caso dos "meio estômagos". Se para casos simples como esses é tão difícil para os responsáveis encontrarem soluções inteligentes, imagina para casos que realmente necessitem de um pouco mais de QI.

abraços